Um dos dados mais alarmantes em relação à formação discente em nosso país diz respeito à formação leitora e à capacidade de interpretação textual. Para estudiosos da área, não resta dúvida de que o gosto pela leitura tem sofrido significativo abalo em função da presença, na vida cotidiana, das mídias sociais e das tecnologias digitais. Com isso percebe-se, cada vez menos, o interesse pela leitura de um modo geral e pela leitura literária em particular. Uma das principais preocupações de um professor da Educação Infantil e dos anos iniciais é desenvolver, nos alunos, o hábito da leitura. Para isso, além de esforços pessoais, houve um processo de orientação curricular e a implementação de programas e projetos que visam incentivar esse público a ter contato com todos os gêneros textuais, principalmente com as obras literárias, a chamada literatura infantil. Apesar disso, os resultados não são nada animadores e o que se observa com cada vez mais frequência são crianças e jovens que leem cada vez menos e apresentam cada vez mais dificuldade de interpretação. Uma das hipóteses mais plausíveis para se explicar parte do insucesso de tais programas e projetos é a formação deficitária, no que concerne ao hábito da leitura, desses futuros formadores de leitores. Para investigar tal suposição, desenvolvemos essa pesquisa que visa traçar o perfil leitor de graduandos de um curso de licenciatura em Pedagogia, do Instituto Federal Goiano, ofertado na região Sul do Estado de Goiás.