O LUGAR INSTITUCIONAL DA LEITURA E DA LITERATURA COMO FONTE INTERDISCIPLINAR DO CONHECIMENTO | Autores: Sandra Ferrari (IFRO - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia) |
Resumo: O ensino contemporâneo da língua portuguesa na educação básica exige novos paradigmas pedagógicos e propõem aos alunos reconhecer que precisam não só adquirir informação como também aprender estratégias cognitivas, isto é, procedimentos para obter, recuperar e usar a informação. Levando em consideração o papel da leitura literária neste contexto, não é mais possível conceber a leitura nas aulas de língua portuguesa, no ensino médio, tão somente como decodificação mas, sobretudo, como interação que possibilita constituir sentidos, diante da relação dialógica entre leitor e texto, já que uma das formas mais significantes de se (re)elaborar o conhecimento parte do processo interativo entre leitor, autor e texto. Nesse caso, exige-se um leitor ativo no processo de leitura. A leitura constitui esse “processo cognitivo que coloca o leitor em frente do autor do texto ou da obra, seja ela de que natureza for, o autor que deixaria marcas, pistas de sua autoria, de suas intenções determinantes para o(s) sentido(s) possível(eis) e com os quais o leitor inter-agiria”. (CORACINI, 2005, 21). A hipótese é de que as dificuldades relacionadas à formação dos acadêmicos dos níveis médio e também superior estejam ligadas à falta de um domínio aceitável de leitura, escrita e interpretação da língua materna. Sendo assim, o objetivo desta comunicação é o de refletir sobre o espaço da leitura literária na educação básica, nos cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio, do IFRO, com vistas a verificar a maneira como se constitui as ações de leitura, de modo a problematizar o espaço acadêmico, por meio da literatura, como formador de sujeitos críticos leitores e produtores de conhecimento.
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