A INFÂNCIA NA OBRA MIGUILIM, DE GUIMARÃES ROSA: UM ESTUDO SOBRE A RECEPÇÃO DO LEITOR NO SÉCULO XXI | Autores: Anderson Damasceno Brito (UNIFESSPA - Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará) |
Resumo: Esta comunicação pretende discutir os aspectos da infância na obra Miguilim, de Guimarães Rosa, a partir da recepção do leitor do século XXI. Miguilim é uma novela que conta a história da personagem que nomeia o texto: menino pobre que vive no interior do sertão das Gerais, e leva uma vida de perdas consecutivas: perda de brinquedos, perda do cachorro amigo, perda do irmão Dito, perda dos pássaros, perda, finalmente, da infância ou, talvez, rito de passagem da infância sofrida para uma adolescência incerta a partir do momento em que “abre” os olhos para o mundo, graças à ajuda de um médico-viajante que lhe descobre um problema de visão (de mundo?). Nossa proposta é a de discutir como o leitor do século XXI tem ressignificado a leitura de tal história a partir das discussões que, hoje, permeiam a sua formação leitora. Pretendemos discutir questões como: a noção de infância apresentada na obra Miguilim continua atual? O leitor contemporâneo da obra se identifica com as questões apontadas por Guimarães Rosa na constituição da personagem Miguilim? Como manter o mundo infantil criado por Rosa nesta obra ainda atual para o leitor da contemporaneidade? Essas questões fizeram parte de um trabalho de final de disciplina cursada no Mestrado em Letras da UNIFESSPA, em Marabá-PA. A disciplina em questão se chamava “Tópicos Especiais em Literatura II: Literatura Infantojuvenil e a formação do leitor no século XXI”. Utilizamos como teóricos os autores Silva (2010), Corso e Corso (2011, 2018), Candido (2006), Mata (2010), dentre outros.
Agência de fomento: UNIFESSPA |
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