“Ser Protagonista” Projeções Imaginárias de um Conhecimento Sobre a Língua: Tessituras do/para o Ensino | Autores: Renilce Miranda Cebalho Barbsoa (UNEMAT - Universidade do Estado de Mato Grosso) |
Resumo: Este estudo inscrito na perspectiva teórico-analítico da Análise de Discurso francesa em articulação com a História das Ideias Linguísticas, analisa o efeito do trabalho da espacialização das teorias linguísticas no livro didático, “Ser Protagonista” volume I, de língua portuguesa para o ensino médio em interface com PNLD-Programa Nacional do Livro Didático. Refletimos sobre os modos de funcionamento da ciência da linguagem nesse manual, e de que modo afetam o ensino de língua na/para educação básica, constituindo nesse movimento, projeções imaginárias de um conhecimento sobre a língua necessário na/para formação do sujeito aluno proficiente e sujeito professor. O seguinte questionamento direcionou nossa proposta: De que modo às unidades teóricas dos manuais de ensino produzem sentidos sobre o ensino de língua e que efeitos estão sendo construídos de língua e de um conhecimento sobre ela, necessários na formação do sujeito-aluno e sujeito professor para essa conjuntura política, ideológica na atualidade? Buscando compreender essa questão a partir da relação língua e ensino (e diferentes teorias), tomamos como corpus, excertos do edital e guia de livros PNLD triênio 2017 a 2019 Ensino Médio, capítulo do livro “Ser protagonista” que, trata da “teoria da comunicação e funções de linguagem”, que cientificamente constitui o livro, como uma das “principais teorias sobre a comunicação desenvolvidas no contexto dos estudos linguísticos”, efeito esse suspendido, imediatamente na/pela materialidade linguística, discursividades inscrita em uma memória de um dizer - filiada em uma inscrição teórica linguística- que constitui-se pelo efeito ideológico e que nos instiga saber como se dá os modos de inscrição de um “saber sobre a língua”, na relação entre Estado, Ciência e Ensino. Espera-se com esse estudo contribuir com gestos de interpretação sobre as políticas de ensino de língua; sobre o que faz o que se lê e o que se produz no real das instituições de ensino.
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