Projeto de engenharia didática: a avaliação de práticas de linguagem em foco
| Autores: Luiz Antônio Ribeiro (CEFET-MG - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais) ; Cláudia Mara Souza (CEFET-MG - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais) |
Resumo: Esta comunicação fundamenta-se nos pressupostos epistemológicos do Interacionismo Sociodiscursivo – ISD e focaliza o estudo dos gêneros textuais e sua relação com o ensino da língua/linguagem. A proposta consiste em discutir sobre a construção de um projeto de engenharia didática para o ensino e aprendizagem do gênero textual crônica, cuja implementação nos permitisse avaliar o desenvolvimento das capacidades de linguagem de alunos do primeiro ano do ensino integrado de uma escola da rede federal de ensino. Considerou-se, na pesquisa, a seguinte pergunta-chave: como avaliar o desenvolvimento das capacidades de linguagem de alunos do primeiro ano do ensino integrado, engajados em um projeto de engenharia didática sobre a leitura e produção do gênero textual crônica? Partiu-se da hipótese de que a criação e implementação de dispositivos de ensino, a aplicação de avaliações formativas e as mediações realizadas no âmbito da engenharia didática maximizam o desenvolvimento da aprendizagem. O objetivo geral foi investigar o desenvolvimento das capacidades de linguagem dos alunos a partir de instrumentos avaliativos aplicados no transcorrer da implementação de um projeto de engenharia didática. O corpus analisado contemplou uma produção inicial que serviu de referência para organização do modelo didático de gênero e das sequências didáticas; uma produção textual e sua refacção, ambas desenvolvidas em um ambiente de escrita colaborativa; os respectivos processos avaliativos realizados pelo professor e pelos alunos; e a autoavaliação. A orientação metodológica foi a da pesquisa-ação, com vistas a produzir conhecimentos de uso efetivo no nível didático. Os resultados sinalizaram o fortalecimento das interações entre professor, alunos e objetos de ensino; participação ativa e dialógica no cumprimento das atividades; e maior autonomia quanto ao funcionamento sociocomunicativo do gênero estudado.
|
|