Esta comunicação tem como fulcro principal discutir as muitas possibilidades de letramentos na educação. Historicamente o Brasil apresenta dificuldades na universalização da aprendizagem socialmente significativa, tanto da leitura quanto da escrita. Na direção da formação do cidadão crítico é importante a discussão dos modos de funcionamento da escola, no movimento de aprender-ensinar. Com base na teoria da enunciação de Bakhtin (2006), entendemos ser este um caminho possível para minimizar os problemas do letramento. Em muitos dos conceitos deste autor ele os entende como problemas que precisam ser debatidos e, assim, solucionados. Neste cenário encontramos Moysés (1986) utilizando o adjetivo problemática para tratar da alfabetização brasileira. Para ele é preciso acesso à leitura e a escrita. Não por acaso, temos como fundamentação teórica: dialogismo e alteridade ou teoria da enunciação presentes em Bakhtin e Voloshinov (1930), bem como em outros autores. Enquanto metodologia o estudo de textos que versam sobre o assunto serão o nosso manancial de pesquisa e a análise de excertos produzidos por estudantes do Ensino Médio. Em nossos estudos parciais temos dados gerados: textos – redações escolares - produzidos por estudantes de uma escola pública. A partir deles obtivemos resultados positivos enquanto letramento de como argumentar nos textos, assim como outros que não apresentaram domínio da produção escrita e que precisam de um trabalho mais aprofundado por parte dos professores para se tornarem proficientes na arte da leitura, bem como da escrita; pois entendemos esta como reflexo daquela.  Acreditamos que o ensino, da leitura e da escrita, não deve se restringir ao contexto da sala de aula, mas, sobremaneira, transcender os muros das escolas e preparar os estudantes para a vida em sociedade em que estão inseridos.