CENA ABERTA: O TEATRO CARIOCA NA BELLE ÉPOQUE
| Autores: André Luiz Dias Lima (UFF - Universidade Federal Fluminense) |
Resumo: O presente trabalho parte da constatação dos dilemas vividos pela atual produção teatral brasileira no que diz respeito à formação, renovação e manutenção dos seus espectadores – com especial atenção para o cenário vigente na grande maioria das salas de espetáculo da cidade do Rio de Janeiro – em contraponto com a pujante cena teatral experimentada na capital brasileira no início do século XX. A partir da comparação inicial entre as contradições do presente e o vigor do passado, pretende-se apresentar um panorama do teatro carioca na Belle Époque. Para tanto, o estudo empreenderá o seguinte percurso de investigação: avaliação do protagonismo da cidade do Rio de Janeiro, então Capital Federal, na formação e consolidação do teatro profissional brasileiro; análise do papel da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT) – fundada em 1917, tendo João do Rio como seu primeiro presidente – no que diz respeito ao reconhecimento e profissionalização do ofício de dramaturgo; apreciação da contribuição do teatro musicado (teatro ligeiro) para a solidificação de um público consumidor de espetáculos teatrais (tal público era majoritariamente formado pelas camadas médias e baixas menos escolarizadas da população); exame do desenvolvimento, representatividade e contribuições do chamado “teatro sério” para emersão de uma dramaturgia eclética no período em questão. As reflexões aqui propostas serão sustentadas crítica e teoricamente pelas postulações de autores como, por exemplo, J. Guinsburg, João Roberto de Faria, Décio de Almeida Prado, Sábato Magaldi, Anne Uberfeld e Patrice Pavis.
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