ENSINO DE PORTUGUÊS COMO LÍNGUA DE ACOLHIMENTO PARA REFUGIADOS VENEZUELANOS: RELATOS DE EXPERIÊNCIAS NO SUL DO BRASIL | Autores: Márcia de Oliveira Del Corona (UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos) |
Resumo: O relatório Refúgio em Números (2017), emitido pelo Ministério da Justiça, informa que, em 2017, o país recebeu 33.866 solicitações de refúgio. Desse total, 17.865 eram provenientes da Venezuela. Por situar-se na fronteira entre o Brasil e a Venezuela, Boa Vista, em Roraima, tem recebido milhares de Venezuelanos, que deixam o seu país em decorrência de forte crise política e econômica. Segundo a Casa Civil, em junho de 2018, havia 56.740 venezuelanos no estado de Roraima (AGÊNCIA BRASIL, 2018). Na tentativa de amenizar o problema gerado pelo excedente de refugiados venezuelanos, o Governo Federal lançou o Programa de Interiorização dos Imigrantes Venezuelanos, o qual visa a retirada dessas pessoas de Boa Vista e a sua realocação em outros estados do Brasil. Até a presente data, 646 venezuelanos foram alocados para o Rio Grande do Sul, 226 no Município de Esteio e 400 em Canoas. A Universidade do Vale do Rio dos Sinos estabeleceu parceria com a Prefeitura de Esteio para a realização de ações sociais com esse público, dentre elas o Ensino de Português como Língua de Acolhimento (GROSSO, 2010). No presente trabalho, relatamos essa experiência de ensino de PLAc, buscando ressaltar as necessidades comunicativas apresentadas pelos alunos nos âmbitos culturais, educacionais e, acima de tudo, laborais, às quais, muitas vezes, não correspondem às formas como se organizam em suas culturas de origem. As aulas iniciam em novembro/2018, na Secretaria de Educação de Esteio e são ministradas por bolsistas/estagiários do Curso de Letras e por voluntários. As práticas pedagógicas do curso têm o apoio de duas professoras, responsáveis por acompanhar o andamento das aulas e a elaboração dos materiais didáticos. Os relatos dessa experiência serão compartilhados em nossa apresentação.
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