A multimodalidade na análise de livros didáticos de português como língua adicional (LA) sob o viés da Gramática do Design Visual (GVD) | Autores: Reinildes Dias (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) |
Resumo: As tecnologias digitais impactam de maneira cada vez mais marcante os textos contemporâneos por facilitarem a orquestração de vários modos semióticos no processo de produção de sentidos (KRESS, 2003). Os textos atuais podem ser vistos como verdadeiras paisagens semióticas por incluírem dois ou mais destes modos semióticos: o verbal (a escrita / a fala); o imagético; o sonoro; o gestual, o espacial. Para a análise de imagens combinadas com os modos verbal e espacial, as categorias da GDV, a representacional, a interacional e a composicional (KRESS; VAN LEEUWEN, 2006) têm sido utilizadas com sucesso (BARBOSA, 2016; GUALBERTO, 2016). A GDV é um instrumento que descreve “a maneira pela qual as pessoas, os lugares e as coisas retratadas se combinam em ‘enunciados’ visuais de maior ou menor complexidade e extensão” (KRESS; VAN LEEUWEN, 2006, p. 01). Os livros didáticos para ensino de línguas, por seu lado, são produzidos sob o impacto da era digital e, consequentemente, exploram a multimodalidade em suas unidades de ensino (DIAS, 2012; GUALBERTO, 2016; NOVELLINO, 2011). Meu objetivo principal nesta comunicação é apresentar os resultados de uma análise sobre a multimodalidade das seções de leitura do livro Novo Avenida Brasil, volume 1, que propõe desenvolver as habilidades básicas de língua portuguesa como LA. A análise leva em conta quais modos semióticos mais se destacam na composição textual e como eles são orquestrados, tendo em vista duas das categorias da GDV, a interacional e a composicional. Os resultados podem ser utilizados em cursos de formação do professor de português como LA no aperfeiçoamento de suas práticas pedagógicas para incluir o letramento multimodal.
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