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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


RELIGIÃO, POLÍTICA, PODER/SABER: DISCURSOS CIRCULADOS EM O SENHOR DOS ANÉIS (O RETORNO DO REI)

Autores:
Maria Emília de Rodat de Aguiar Barreto Barros (UFS - Universidade Federal de Sergipe)

Resumo:

O discurso midiático constitui um dos nossos focos de pesquisa desde 2008. Este artigo revela as primeiras investigações resultantes do projeto PIBIC 2018/2019, intitulado “O senhor dos anéis (o retorno do rei): religião, política, poder/saber”, com bolsa de IC. Consiste em uma análise discursiva do filme em foco, integrante de uma trilogia (TOLKIEN, 1938), sob direção de Jackson (2003), uma releitura da obra original. A presente produção é integrante de uma rede de sentidos, atravessada por princípios sociais, políticos, culturais, religiosos. Embora o filme e a análise encontrem-se distantes no tempo, nós os consideramos atuais, pelas reiteradas exibições televisivas, numa contínua reatualização de sentidos (FOUCAULT, 2009), além de haver contrato firmado para uma série de TV. O seu enredo fundamenta-se numa épica luta entre as forças dualísticas, bem/mal, numa tentativa de propiciar um equilíbrio entre as relações de poder na Terra-Média, no período da Segunda Era, com a devida destruição do anel do poder. A análise sustenta-se no estudo da Mídia Cinematográfica, considerada como um dispositivo de poder (DELEUZE, 1996); da Arquegenealogia, consoante Foucault, Gregolin; das teorias concernentes ao mito (BARTHES, 2007; CAMPBELL, 1990). Objetivamos analisar discursos acerca do poder/saber, poder/verdade, poder/subjetivação, atravessados na/pela trama, com base nas referidas áreas. Com vistas à análise, questionamos: qual a simbologia em relação ao olho de Sauron, senhor do escuro? Qual a simbologia de um exército de reis mortos lutar com/pelos homens? Quais sentidos podem ser reatualizados com ‘o retorno do rei’? Por que a mídia cinematográfica tem trazido os mitos à tona reiteradamente? À luz dessas perguntas, do arcabouço teórico, realizamos análise de cinco sequências enunciativas, observando discursos, segundo os quais há um olho em constante vigilância, a paz é alcançada com a guerra, há uma estreita relação entre vivos e mortos, numa busca dual: do poder, da paz.


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COPES - UFS