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| PRÁTICAS DE LETRAMENTO EM QUÉCHUA: ESTRATÉGIAS DE INTERAÇÃO E ANDAIMAGEM | Autores: Ormezinda Maria Ribeiro (UNB - Universidade de Brasília) ; Ulisdete Rodrigues de Souza Rodrigues (UNB - Universidade de Brasília) ; Armando Gutierrez Cisneiros (UNB - Universidade de Brasília) |
Resumo: Estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que são faladas no Brasil cerca de 274 línguas indígenas. Dentre essas, estão as línguas compartilhadas por indígenas de outros países, sobretudo, entre povos da América Latina. Visando contribuir para os estudos e o fortalecimento das línguas indígenas, o Programa de Pós-Graduação em Linguística- PPGL da Universidade de Brasília-UnB apoia os pesquisadores e estudantes que se dedicam também ao ensino dessas línguas. Neste trabalho, apresentamos um curso de língua Quéchua ofertado no Centro de Convivência Multicultural dos Povos Indígenas da Universidade de Brasília. O curso, com 45 horas-aula, parte da aplicação do conhecimento sócio estrutural à prática educacional e integra a pesquisa de mestrado do ministrante, falante nativo dessa língua, abrindo espaço para que os acadêmicos indígenas possam atuar na docência, ao valorizar sua cultura, representando o diálogo de saberes necessário à universidade. Os encontros promoveram a discussão sobre as questões envolvendo a convivência entre o Quéchua, o Espanhol e o Português e deram suporte para a composição de material didático para ensino do Quéchua como L2. O curso, inicialmente, buscou desenvolver estratégias de interação e de andaimagem (BORTONE-RICARDO 2010) entre os estudantes e propiciou ao professor-pesquisador além da ancoragem para subsidiar seus estudos no âmbito do letramento em língua Quíchua, a possibilidade de auxiliar os alunos a alcançar níveis mais elevados de compreensão e aquisição de habilidades linguísticas em Quéchua, as quais não seriam capazes sem assistência.
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