Este trabalho inscreve-se na área da Toponomástica, disciplina que estuda os nomes de lugares e designativos geográficos. O estudo da Toponomástica com foco no ensino possui um caráter inovador e propicia a integração das áreas do conhecimento. Sob uma perspectiva linguística pode estudar a etimologia, a evolução fonética, aspectos morfossintáticos e semântico-lexicais. Em uma perspectiva geográfica o estudo dos nomes de lugares pode fornecer informações sobre relevo, flora, fauna. Os topônimos podem, ainda, ser uma fonte informação para a pesquisa histórica e antropológica, entre outras.  O estudo tem o objetivo de verificar como os nomes de lugares são dispostos nas questões do Enem e quais as relações interdisciplinares relacionadas aos nomes geográficos nos documentos oficiais que norteiam a organização do Ensino Médio. Para a metodologia de trabalho utilizou-se o método indutivo, porque os procedimentos teóricos e metodológicos de Dick (1990) já asseveram o uso deste método em suas análises. Para a coleta de dados utilizou-se a pesquisa bibliográfica e documental.  As fontes documentais deste trabalho são as provas do Exame Nacional do Ensino, e as bibliográficas são as publicações já produzidas sobre o tema abordado e os documentos oficiais que norteiam o Ensino Médio, a saber: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (2000), as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica (2013), a Base Nacional Comum Curricular (2017). Foram catalogadas 63 questões das provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Dessas questões, foram levantados 123 nomes de lugares. Identificou-se que dentre as 63 questões analisadas, uma apresenta um nome de lugar acompanhado de informação sobre a sua etimologia e seu significado. Em relação aos documentos oficiais verificou-se que, de forma geral, são unânimes ao apresentar uma recorrente referência à abordagem interdisciplinar, à colaboração entre as disciplinas.