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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


Valsas do passado: traduzindo Zelda Sayre Fitzgerald

Autores:
Marcela Lanius (PUC-RIO - Pontifícia Universidade Católica)

Resumo:

Zelda Sayre Fitzgerald foi uma das esposas literárias mais famosas do século passado. Casada com o famoso escritor F. Scott Fitzgerald, Zelda foi uma representação fiel da belle sulista que reafirmava o poder do antigo Sul; da flapper empoderada que marcou toda a Era do Jazz; e também da mulher que, vítima dos preconceitos e ditos sociais de sua época, se viu privada de uma possível carreira profissional e também de uma identidade separada daquela de seu famoso marido. É por isso mesmo que a vida de Zelda costuma ser analisada exclusivamente a partir de dois pontos de vista: primeiro, a partir da sua condição de grande musa para os romances do marido; segundo, a partir da imagem da esposa doente, diagnosticada como esquizofrênica e morta num incêndio no ano de 1948. No entanto, é importante destacar que Zelda nos deixou também uma pequena obra literária que foi, durante muito tempo, esquecida pela crítica como pequena excentricidade de uma mulher doente. Deste pequeno conjunto, destaco o romance Save me the Waltz (1932) e a peça teatral Scandalabra (1933).

Esta comunicação busca o aporte da crítica literária feminista contemporânea para retomar não só a única tradução para o português de Save me the Waltz, publicada em 1986 pela Companhia das Letras, mas também para discutir a tradução comentada da peça Scandalabra, que está sendo realizada pela presente pesquisadora – para pensar, então, a tradução como um instrumento válido para ressignificar a identidade majoritariamente negativa que Zelda Fitzgerald conserva na cultura norte-americana e na língua inglesa.


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