O presente trabalho surge de um artigo publicado na Revista Expressão (UFSM, 2ºsem./2018) e como parte de pesquisas para minha Dissertação de Mestrado  em Letras na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), além da produção/elaboração de projeto de pesquisa para o Doutorado. Foi desenvolvido a partir de apresentações feitas na XXV Semana Acadêmica de Letras e 32ª Jornada Acadêmica Integrada (JAI), ocorridas na mesma instituição no ano de 2017. Tomando como base conceitos oriundos da Análise de Discurso de linha francesa, principalmente através de Michel Pêcheux e Eni P. Orlandi, o propósito deste trabalho é trazer uma reflexão a respeito da Reforma do Ensino Médio via Medida Provisória a partir de discursos de sujeitos em posições distintas. Para tanto, daremos foco à posição-sujeito e nosso objeto de estudo, o discurso, será visto da posição do sujeito Estado (via Ministério da Educação), do sujeito educador e do sujeito aluno, explorando semelhanças e diferenças na fala dos envolvidos. Através de alguns recortes de entrevistas obtidas na mídia digital, sobre as quais obtemos as falas desses sujeitos em suas posições distintas, buscaremos os contrastes discursivos em relação a esse assunto que causou polêmica principalmente pela forma como foi proposto. Partindo da idéia de que os discursos estão sempre em movimento, produzindo efeitos de sentido de acordo com variáveis como condições de produção, interdiscursos, formações ideológicas entre outras, podemos dizer que um discurso mobiliza o outro e, dessa forma, uma posição-sujeito influencia outra, como veremos no contraste dos discursos dos sujeitos Estado, professor e aluno.