Kabuki, Bunraku e Mistério das Figuras de Barro: Osman Lins e o teatro tradicional japonês | Autores: Cacio José Ferreira (UFAM - Cacio José Ferreira) |
Resumo: O presente estudo busca empreender uma reflexão comparativa entre o teatro Kabuki, Bunraku e Mistério das Figuras de Barro, texto teatral de Osman Lins. O Kabuki surge no universo japonês século XVI constituindo-se como um teatro moderno e divertido, mas conservando alguns elementos do teatro No. A máscara imaginária e impessoalizada é elaborada pela maquiagem bem colorida e as cortinas bem caracterizadas e com efeitos especiais possibilitam a transmutação do ambiente de acordo com cena. O Bunraku, por sua vez, teatro de marionetes, também do século XVI, trabalha com um tripé bem associado: música, narração e manipulação de bonecos. O narrador é a peça central do Bunraku. Revela o cenário com nitidez, exterioriza a emoção, o canto e a ação do personagem. Em Mistério das Figuras de Barro, o escritor Osman Lins faz a seguinte recomendação: “que a peça seja levada por uma atriz. Esta deverá trazer uma vestimenta imaginosa, colorida, se possível feita de retalhos. Maquilagem que a impessoalize, dando ao seu rosto um certo ar de máscara pouco expressiva”(LINS, 1974, p. 12). Nesse sentido, essa investigação fará uma comparação do tradicional teatro japonês, Kabuki e Bunraku, com o texto teatral de Osman Lins, Mistério das Figuras de Barro. A máscara norteará todas as discussões diante do diálogo visual e colorido do teatro de Osman e do Japão.
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