Ler, se ler e ler o mundo: letramentos no ensino-aprendizagem de Português como Língua de Acolhimento (PLAc) | Autores: Carla Alessandra Cursino (UFPR - Universidade Federal do Paraná) |
Resumo: O atual fluxo migratório no Brasil e o crescimento do Programa PEC-G trouxeram um novo desafio ao Português como Língua Estrangeira (PLE): o ensino de português brasileiro para alunos provenientes de contextos de letramento diferentes dos do cenário brasileiro. Observa-se que existem poucos materiais didáticos voltados para este público específico e, dentre eles, percebemos que são quase inexistentes os que contemplam como base teórica o Português como Língua de Acolhimento (PLAc). Diante deste desafio, nos parece evidente que é preciso refletir sobre os diferentes letramentos e os diferentes letramentos em PLE e levar tais reflexões para a sala de aula, bem como para os espaços além dela. Assim, esta comunicação pretende apresentar noções teóricas e práticas sobre o ensino de PLE/PLAc em situação de migração e refúgio. Primeiramente, abordaremos os conceitos de letramento, com foco nos letramentos sociais, a partir de alguns autores (STREET, 2014; MASNY, 2001). Em um segundo momento, mostraremos exemplos de atividades desenvolvidas dentro e fora da sala de aula baseadas na noção de second space (CAMPANO, 2007), com o objetivo de mostrar que é possível (e necessário) aplicar abordagens específicas para alunos de diferentes contextos de letramento. As experiências relatadas são parte das práticas do Português como Língua Estrangeira do Centro de Línguas e Interculturalidade da Universidade Federal do Paraná – CELIN/UFPR e do PBMIH – Português Brasileiro para Migração Humanitária, projeto de extensão do curso de Letras da UFPR voltado ao ensino de português brasileiro para refugiados e migrantes em vulnerabilidade social.
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