Entre a trama e o urdume: léxico têxtil no banco de dados do “Dicionário Histórico do Português do Brasil - séculos XVI, XVII e XVIII” | Autores: Jozimar Luciovanio Bernardo (UNESP/FCLAR - Universidade Estadual Paulista / Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara) |
Resumo: O banco de dados do “Dicionário Histórico do Português do Brasil” constitui obra documental de quase todo o período colonial brasileiro e foi construído com o propósito de reunir o acervo lexical que teria servido de base ao português do Brasil (MURAKAWA, 2011, 2015). Compreendendo o universo lexical, é possível retratar aspectos da língua, produto historicamente elaborado, e da sociedade, haja vista que o léxico, ao classificar as experiências humanas, pode ser entendido como representação sociocultural (BIDERMAN, 2001). Nessa perspectiva, objetivamos investigar o vocabulário de tecidos no banco de dados do “Dicionário Histórico do Português do Brasil - séculos XVI, XVII e XVIII”, apresentando aspectos léxico-semânticos e linguísticos. Esta proposta advém de um projeto de doutorado em andamento, orientado pela prof.ª Dr.ª Clotilde de Almeida Azevedo Murakawa no Programa de Pós-Graduação em Linguística e Língua Portuguesa da Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara (UNESP). A coleta de dados foi realizada mediante recursos do gerenciador Philologic e a descrição e análise dos itens léxicos, a partir de consultas a dicionários de português dos séculos XVIII, XIX, XX e XXI, por meio dos quais construímos as fichas lexicográficas. A organização das unidades em campos lexicais será feita com base em teóricos como Geckeler (1971), Coseriu (1977) e Vilela (1994). Desse modo, apreendemos as unidades léxicas – por exemplo, bertangil, droguete, catalufa, tabi, pinhoela e belbute – como meios de se fazer conhecê-los associando hábitos, trajetórias, funções práticas e estéticas, bem como perscrutando processos e aspectos linguísticos relacionados a estes nomes, uma vez que os tecidos são produtos que atravessam fronteiras linguísticas e geográficas desde épocas muito antigas. Acrescentamos que o presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.
Agência de fomento: CAPES |
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