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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


A literatura por direito: o pensamento de Antonio Candido e algumas práticas

Autores:
Laís da Conceição Santos Belarmino (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Resumo:

Não é de hoje que fala-se muito como ler é importante. E nisso há um consenso bem estabelecido de que ler é um valor, porque reflete uma perspectiva de ordem social em que se sobressai a vontade de humanidade (Percival Leme Britto, 2002). Entretanto, ao pensar sobre essa afirmativa não há como negar as perguntas: se faz parte do senso comum que ler é bom, então, por que não temos um país de leitores? Ou (considerando a escola como parte da formação do indivíduo), porque, não temos os mesmos acessos aos livros nas escolas públicas que se têm nas escolas particulares? Antônio Candido, em seu texto O direito à literatura (2004), afirma que a literatura faz parte dos direitos humanos. E que ela não é só entretenimento, já que muda a forma de pensar e a maneira de se ver o mundo. Logo, há de se considerar que se somada à escola, a literatura, seria uma das armas mais poderosas que uma sociedade poderia imaginar. Por isso, este trabalho tem como objetivo analisar o direito defendido por Candido nos ambientes sociais no qual o indivíduo está inserido, tendo como foco principal a escola e as práticas literárias que podem fazer a diferença não só para a formação do leitor (em ambiente escolar), como também para sua permanência como tal. Além das formas com a qual a literatura pode ser trabalhada, como: a leitura e conversa sobre textos literários em sala de aula, a criação de um diário da leitora e do leitor, a organização de eventos voltados para a literatura tanto em sala quanto na biblioteca, o uso da biblioteca escolar com privilégio ao acesso dos textos de literatura, etc. Para isso, serão considerados autores como Eliana Yunes, Paulo Freire, Graça Paulino, Magda Soares, entre outros, além dos já mencionados.