VARIAÇÃO E VARIEDADES LINGUÍSTICAS NO LIVRO DIDÁTICO: TRATAMENTO ADEQUADO? | Autores: Daniela Ribeiro de Carvalho (UESC - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ ) |
Resumo: O presente trabalho visa apresentar resultados de uma pesquisa que investigou como variação e variedades linguísticas são abordadas em livros didáticos de língua portuguesa. Analisamos, em particular, o livro “Português e Linguagens”, de autoria de William Cereja e Teresa Cochar, destinado a discentes do Ensino Fundamental II, sendo 4 volumes (do 6º ao 9º ano). Além de constatar que o tema é tratado de forma muito limitada, corroborando com o que outras pesquisas, Raizy, Feiteiro(2015), Morais(2015) , Coelho (2007) já comprovaram, verificamos que a abordagem é muito pontual, registrada apenas num livro específico. Também observamos que regras variáveis são apresentadas no livro didático, como por exemplo, concordância verbal e nominal, mas não são tratadas como casos de variação linguística. Para subsidiar nosso trabalho, utilizamos pressupostos da Sociolinguística Variacionista, conforme Labov (2008 [1972]), Bagno (1999, 2002, 2007), Bortoni-Ricardo (2004, 2005), entre outros, além dos documentos oficiais PNLD ( Plano Nacional do Livro didático), PCN (Parametros curriculares Nacionais ), BNCC ( Basse Nacional Curricular Comum). Por se tratar de uma pesquisa realizada no âmbito do PROFLETRAS, sugerimos, como produto, uma cartilha direcionada ao professor do Ensino Fundamental II, visando orientá-lo na ampliação do tratamento a ser dado à variação linguística, em especial, aos casos de variação que envolve o nível morfossintático.
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