Ao analisar o brincar como atividade principal na infância e como o direito de brincar tem sido excluído das rotinas escolares, esta pesquisa tem o objetivo de analisar o discurso de sujeitos-alunos, na faixa etária entre 6 e 7 anos, sobre o brincar e as brincadeiras, a fim de compreender como eles argumentam e constroem sentidos sobre o brincar e as brincadeiras na infância. A pesquisa tem como fundamentação teórica os conceitos da Análise do Discurso pecheuxtiana, para analisar os efeitos de sentidos produzidos pelos sujeitos, e os estudos de Plantin para analisar a argumentação no tocante ao modo como os sujeitos falam de suas emoções, valorizando os afetos que podem ecoar nos sentidos argumentados. O corpus será constituído pelo discurso verbal dos sujeitos-alunos, que devem argumentar sobre o direito da criança às brincadeiras, tendo como mote para a prática da argumentação, entendida aqui, como um direito (PACÍFICO),  a reprodução das telas de Portinari que abordam a temática da criança e o brincar. Como metodologia, serão registradas, pela pesquisadora, os discursos produzidos pelos sujeitos sobre as obras que retratam o brincar e as brincadeiras, a partir das telas de Portinari, durante uma pesquisa de campo que será feita nas salas dos anos iniciais da Educação Infantil, em uma escola pública de Ribeirão Preto. Espera-se com os resultados refletir sobre o dizer e a argumentação do sujeito-aluno, nessa etapa de escolarização, na qual, apesar de essencial, os afetos e as emoções nem sempre são considerados.