Este artigo foi desenvolvido a partir do projeto “Práticas Escolares de Produção de texto em escolas públicas estaduais da cidade de Garanhuns (PE)”, coordenado pela professora Angela Valéria Alves de Lima, na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) – Unidade Acadêmica de Garanhuns (UAG), de 2016 a 2018. Nosso objetivo foi verificar qual a concepção de língua e texto que é aplicada por uma professora em aulas de língua portuguesa, em uma turma do 9º ano do Ensino Fundamental. Para elucidarmos o problema de pesquisa, tivemos como aporte teórico as considerações de Beth Marcuschi (2007), Bunzen (2009) e Antunes (2010) sobre o  texto e  ensino de produção textual na escola. Para chegarmos ao conceito de texto no 9° ano, fizemos uma análise baseada no Diário de Campo produzido ao longo período de observações na escola pública estadual onde o projeto de pesquisa foi executado. Durante o estudo, constatamos que o conceito de texto no nono ano ainda é vinculado à abordagem que prioriza o estudo de aspectos linguísticos com definições simples e que não envolve os alunos em atividades de escrita que considerem as condições de produção e circulação dos gêneros textuais construídos pelos estudantes. As práticas de linguagem devem explorar muito mais do que as tradicionais redações escolares (dissertativa, narrativa e descritiva).