ASPECTOS ORAIS DO GÊNERO DEBATE POLÍTICO TELEVISIONADO | Autores: Romildo Barros da Silva (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Janyellen Martins Santos (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Maria Francisca Oliveira Santos (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) |
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo analisar como os aspectos orais do debate político possibilitam a execução da função comunicativa desse gênero. O debate político televisionado é entendido como um gênero da esfera política, jornalística e, também, midiática. Para Costa (2009), os debates podem ser públicos e regrados e, geralmente, há a presença de um moderador ou mediador que controla o tempo de exposição dos debatedores. Esses enunciadores se organizam para tentar persuadir e convencer seu público, principalmente os eleitores indecisos. Entretanto, para almejar tal objetivo os candidatos se utilizam de vários recursos conversacionais que o gênero dispõe. Além disso, o debate é um gênero que nasce numa interação comunicativa, sendo, desse modo, um fenômeno sociointerativo, como observa Marcuschi (2008). Essa interação ocorre in loco, já que os debatedores conegociam os sentidos entre si. Ao observar a dinâmica de sua produção, o debate político presidencial é considerado como um gênero textual de natureza oral e monitorado que requer planejamento e organização, mesmo sabendo que ele se situa no eixo da fala, concordando com Marcuchi (2010). Essa pesquisa conta com contribuições teóricas de Aristóteles (2011), Koch (2011) e (2013), Marcuschi (2003) e (2007), Preti (2000), Ramos (1997) entre outras. Para que os aspectos orais fossem evidenciados apresentam-se quatro análises advindas de dois debates políticos do segundo turno das eleições presidenciais brasileiras de 2014. O que se percebeu previamente foram os diversificados modos e recursos da oralidade que fazem com que o gênero em estudo seja compreendido como multimodal, mas, sobretudo, que tem por finalidade a persuasão do público televisivo.
Agência de fomento: CAPES |
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