OUTDOOR: UM OLHAR À LUZ DAS MÁXIMAS DE GRICE COM VISTAS À CONFIGURAÇÃO TEXTUAL | Autores: Araceli Covre da Silva (UFES - Universidade Federal do Espírito Santo) |
Resumo: O outdoor está inserido na esfera publicitária, apresenta produtos e ideias com o intuito de persuadir o interlocutor em potencial para que adquira algo ou acredite no que se enuncia. Dessa forma, a função comunicativa do outdoor é ora promover a venda de produtos, ora propagar ideias. Para cumprir esse propósito comunicativo, há que se pensar nos modos de produção e recepção do outdoor, isto é, quais os fatores que interferem em sua composição e para quem ele se dirige, qual o seu objetivo. Esses dois aspectos são importantes porque o campo publicitário envolve interlocutores num processo de troca e persuasão. Assim, a produção de qualquer texto publicitário não se reduz a uma mera tradução de ideias, mas requer uma configuração discursiva delas. Nessa perspectiva, o objetivo deste estudo é pensar nos processos de produção e recepção do outdoor, numa perspectiva pragmática, à luz das máximas de Grice (1975), sobretudo a máxima da quantidade. Além dos princípios de cooperação de Grice, o trabalho proposto ampara-se na Linguística do Texto no que tange ao estudo do gênero textual com base em Bakhtin (2000), Bhatia (1997) e Maingueneau (2001), Swales (1990) e Marcuschi (2002, 2007) com o intuito de pensar a situação de comunicação na elaboração de textos publicitários, especialmente o outdoor, corpus selecionado para este estudo. As análises indicam que o propósito comunicativo do outdoor orienta a elaboração do texto e evoca estratégias diferentes conforme o caso.
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