DTMS – DICIONÁRIO DE TOPÔNIMOS SUL-MATO-GROSSENSES: PROPOSTA LEXICOGRÁFICA
| Autores: Aparecida Negri Isquerdo (UFMS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL) ; Ana Paula Tribesse Patrício Dargel (UEMS - universidade Estadual do Estado de Mato Grosso do Sul) |
Resumo: Uma das metas atuais do Projeto ATEMS – Atlas Toponímico do Estado de Mato Grosso do Sul é a produção de um Dicionário de Topônimos de Mato Grosso do Sul (DTMS), uma obra que se enquadra na categoria dos “dicionários especiais” cuja fonte é o corpus toponímico armazenado no Sistema de Dados do ATEMS que abriga cerca de 16.000 topônimos de acidentes físicos (rios, córregos, corixos, serras) e humanos (povoados, retiros, fazendas) da toponímia rural de Mato Grosso do Sul. Nessa perspectiva, objetiva-se construir uma proposta metodológica para o tratamento lexicográfico de dados toponímicos. Orientam o estudo obras da área de Onomástica, mais especificamente, da Toponímia – Dick (1980; 1990; 1992a; 1992b; 1992c; 1997; 1999); Gomaris (2002) e da Lexicografia – Haensch (1982); Biderman (1984; 1997); Guerra Medina (2003); Lara (1997); Parreira (1990); Porto da Pena (2002). A produção do DTMS representa a continuidade de três produtos lexicográficos já produzidos pela equipe por meio de trabalhos acadêmicos (CASTIGLIONI, 2008; 2014. CAZAROTO, 2010) que apresentaram propostas lexicográficas para a elaboração de dicionários onomásticos que estão sendo reavaliadas na fase atual do projeto. Este trabalho apresenta e discute a primeira versão da microestrutura do DTMS, focalizando os elementos que compõem a proposta de microestrutura dos verbetes definida com base na ficha lexicográfico-toponímica já preenchida para cada topônimo cadastrado no corpus armazenado no Sistema ATEMS, A seleção dos verbetes a serem discutidos neste trabalho considera a representatividade das características toponímicas das quatro mesorregiões do Mato Grosso do Sul, ou seja, elementos da diversidade ambiental, física e cultural do estado, dentre outros, casos de toponimização como em Cabeceira, Cachoeira, Salto e da zootoponímia em topônimos como Sucuri, ambos representativos da mesorregião Leste; o Corixo, a Onça frequentes na mesorregião dos Pantanais e as formações com Cuê e Ita com grande produtividade na mesorregião Sudoeste.
Agência de fomento: CNPq |
|