AS IMAGENS NO COTIDIANO DA SOCIEDADE DO ESPETÁCULO E O ENSINO: os memes como proposta de letramento visual | Autores: Zirlene Effgen (UCL - Faculdade do Centro Leste) ; Karina Antonia Fadini (IFES - Institudo Federal do Espirito Santo) |
Resumo: Vivemos na sociedade do espetáculo (DEBOARD, [1967] 1997), na qual as imagens significam e ressignificam a subjetividade e a coletividade, tornando mais tênue a fronteira entre o privado e o público e provocando a espetacularização do sentir. Esse fator provocou na sociedade um emocionalismo despertado pelo fascínio pelas imagens que se expandem e ganham força nas redes socias. Coadunamos com a visão do Círculo de Bakhtin que o discurso é a língua nas relações concretas entre os sujeitos nas interações verbais que acontecem na vida, e que o devir está relacionado com os fios ideológicos e dialógicos com os quais os discursos interagem. Os memes, então, surgem como um fenômeno discursivo que fascina os interlocutores imersos nas redes sociais. A proposta, então, é que esse gênero possa se portar como uma possibilidade de ensino e aprendizagem, uma vez que os alunos se sentem atraídos por esse gênero, já que esse faz parte de seu cotidiano discursivo, de suas vidas verboideológicas (BAKHTIN, 1998). Pensando conforme Mizan (2014), que discute sobre o letramento visual na mídia em tempos de tecnologia, estamos numa era mais visual do que linguística, assim, propomos uma problematização por meio de uma prática de letramento visual e digital, a fim de levar os alunos a refletirem as possibilidades discursivas que envolvem as atividades do cotidiano, formando cidadãos efetivamente letrados, para além da alfabetização.
Agência de fomento: UCL |
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