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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


Os dizeres sobre a mulher nas redes sociais: uma perspectiva discursiva

Autores:
Thaynara Luiza de Vargas (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)

Resumo:

O presente trabalho é um recorte das primeiras reflexões do meu projeto de dissertação de mestrado intitulado “Li na internet, deve ser verdade”: uma análise discursiva sobre a mulher e é desenvolvido no Laboratório Corpus - Laboratório de Fontes de Estudos da Linguagem. Nosso aparato teórico para desenvolvê-lo baseia-se na Análise de Discurso de linha francesa, estruturada por Michel Pêcheux na França e desenvolvida no Brasil por Eni Orlandi. Nosso principal objetivo consiste em analisarmos recortes de materialidades discursivas encontradas em redes sociais, em especial no Facebook, que contenham comentários e opiniões sobre mulheres a partir de notícias falsas, as chamadas fake News, para buscarmos explicitar que sentidos produzem os dizeres sobre a figura feminina no século XXI. Para isso, selecionaremos casos de maior repercussão, como a morte da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, que causou diversas fake News que incitavam o ódio contra a vítima.Como metodologia, realizaremos, em um primeiro momento, um mapeamento de publicações que se encaixam nos padrões supracitados. Conforme Flores&Cervo (2017), o Facebook “é uma das redes sociais mais utilizadas pelos sujeitos nos dias atuais”, o que justifica a preferência pelo uso dessa plataforma para encontrarmos nosso corpus de pesquisa. Depois, selecionaremos os recortes linguísticos que serão analisados, para, então, finalmente, realizarmos nossa análise, a fim de identificar se os sentidos que estão em jogo atualmente sobre a mulher rompem ou não com enunciados que a cultura machista estabilizou no senso comum e na memória. Por se tratar de um trabalho em andamento, salientamos que ainda não existem resultados finais ou conclusões, porém, esperamos que, ao final desta pesquisa, possamos explicitar como os dizeres sobre a mulher produzem sentidos ainda tão machistas em pleno século XXI.


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