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| Ensinar e aprender Língua Portuguesa no Youtube:
o que muda e o que permanece? | Autores: Ana Cristina Lobo Sousa (UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso) ; Lara Oliveira Vacaro (UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso) ; Coracy Maria de Lima (UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso) |
Resumo: O acesso ao conhecimento tem sido cada vez mais democratizado com os canais do Youtube. Hoje, qualquer cidadão com acesso à internet pode assistir a vídeos dessa plataforma ou se inscrever em canais dedicados a temas como saúde, beleza, consumo de determinado produto etc. Aprender conteúdos que fazem parte do currículo escolar/acadêmico ou mesmo complementar os estudos também tem sido uma prática adotada por muitos discentes na universidade quando eles se deparam com assuntos que se lhes apresentam com alguma dificuldade. Nesse sentido, procurando conhecer o que tem chamado a atenção de nossos discentes no ambiente digital, especificamente na Plataforma Youtube, propomos uma análise de canais educacionais cujo conteúdo fosse a Gramática Normativa de Língua Portuguesa, considerando a concepção de língua presente nos vídeos, os conteúdos temáticos mais recorrentes e os recursos hipermodais (LEMKE, 2002) utilizados nessas aulas. A proposta de pesquisa é parte do plano de ação desenvolvido no âmbito do Subprojeto Letras-Língua Portuguesa, do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID-2018) desenvolvido na Universidade Federal de Mato Grosso, câmpus de Rondonópolis. Para a análise, valemo-nos do aporte teórico da Linguística Textual, com as concepções de linguagem (KOCH, 2002; TRAVAGLIA, 2003) e de gêneros textuais (MARCUSCHI, 2002). Foram selecionados três canais com número de inscritos significativo, por meio dos quais pudemos verificar que a concepção de língua adotada nesses canais relaciona-se com a concepção de um ensino de língua materna que seja prescritivista e que privilegie uma norma linguística em detrimento de outras. Além disso, no tocante aos recursos hipermodais, esses são utilizados para a interação por meio do gênero “aula” com os internautas, quase nunca em favor de uma apresentação hipermodal de conteúdos.
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