Xadrez e Serviço Social: um estudo sobre linguagens e identidades de alunos do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Acre

Numa coletânea de artigos, Wilson da Silva (2012) indica a formação enxadrística como possibilidade de desenvolver as habilidades e competências interdisciplinares, inclusive linguísticas. Compreendemos que, no ato do jogo, entre um olhar e outro preexiste um franco diálogo entre os jogadores. Foi com essa visão que uma assistente social e um pedagogo enxadristas e servidores/pesquisadores do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Acre, se propuseram a trabalhar a linguagem dos alunos em uma perspectiva social. Fora disponibilizado no pátio da escola um tabuleiro de xadrez com peças em madeira e passou-se a observar jogos e registrar os diálogos construídos durante as partidas. Tais diálogos exalavam conflitos de grupos, construção de identidades e a relação entre discurso verbal e discurso corporal. Fora possível também conhecer os recursos de argumentação e o vocabulário dos alunos. Os resultados desse trabalho resultaram em uma melhor compreensão dos sujeitos/alunos por parte do serviço social, por meio das linguagens materializada no ato do jogo. Esses resultados só foram possíveis por haver a compreensão dos pesquisadores de que a linguagem é uma produção histórico social tal como afirma Bakhtin (1929) e que por assim ser esses alunos são produzidos e situados socialmente por meio da linguagem.

Palavras-chaves: Serviço Social. Xadrez. Linguagens. Identidades