A formação docente está na pauta das universidades e das políticas públicas, por ser um dos elementos precípuos à efetivação de um ensino de qualidade agregada a estudos e pesquisas realizadas no intuito de cartografar a relação entre o suposto “fracasso” escolar do aluno e a formação docente dos professores de Língua Portuguesa. Nesse sentido, as políticas públicas se voltam para o desenvolvimento de projetos de formação continuada, bem como “reformas” curriculares dos cursos de formação de professores. Estas, por sua vez, em sua maioria, são objetos de críticas em virtude da forma generalista e autoritária como são realizadas, negligenciando dificuldades, contradições ao ignorar falas, interesses e anseios daqueles a que se destinam. Diante disso, nota-se comumente no contexto escolar, por meio da atuação dos professores de Língua Portuguesa, em sua maioria, não conseguirem relacionar o conhecimento construído na graduação, a sua prática pedagógica, limitando-se, muitas vezes, a uma ação de transferências de conteúdos, dando ao ensino e a sua ação um caráter essencialmente pragmático, reforçando a dualidade teoria-prática. Por esse viés, este ensaio objetiva relacionar a formação do professor de língua portuguesa e as práticas de letramento utilizadas no cotidiano escolar sob o viés de Mortatti, (2004), Benevides (2005), Possenti (1996), Soares (2009), Kleiman (2008), Grando (2012). Afinal, o que ensinar na escola?