Luiz Gama e Bernardo Honwana: Uma consciência étnica, política e social em Primeiras Trovas Burlescas e Nós Matamos o Cão Tinhoso

Magnólia Ferreira Cruz da Paixão (PROGEL/UEFS)^[1]

magypaixao@hotmail.com

Adeítalo Manoel Pinho (PROGEL/UEFS)^[2]

adeitalopinho@gmail.com

Resumo: Este trabalho visa fazer um estudo sobre as obras Primeiras Trovas burlescas do escritor Luiz Gama e Nós matamos o cão tinhoso de Bernardo Honwana. Nascidos em países diferentes, em épocas distintas, porém experimentaram e vivenciaram uma serie de injustiças sociais. Ambos precisaram lutar contra a segregação racial e o preconceito, simplesmente por serem fruto da diáspora africana. No entanto, não se deixando ser inferiorizados ou diminuídos pela simples fato se serem negros, estes fizeram uso do texto literário para denunciar e conscientizar através das letras sobre os valores étnicos, políticos e social, assim como a construção de uma identidade cultural em meio a uma sociedade totalmente elitista e preconceituosa a qual estes se inserem. São trazidos para o debate, textos de Luís Gama, extraídos da sua única obra Primeiras trovas burlescas de Getulino (2000) e Nós matamos o cão tinhoso (1964) de Bernardo Honwana sob a ótica crítica de Conceição Evaristo, Zilá Bernd, Lígia Fonseca Ferreira, Eduardo de Assis Duarte e outros.

Palavras-chave: Luiz Gama, Bernardo Honwana, Primeiras trovas burlescas de Getulino, Nós matamos o cão tinhoso.

[1] Graduada em Letras com Habilitação em Língua Portuguesa e Literaturas pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Pós-Graduada em Psicopedagogia Institucional pela Universidade Candido Mendes (UCAM). Mestranda em Estudos Literários pela Universidade Estadual de Feira de Santana (PROGEL/UEFS). E.mail: magypaixao@hotmail.com

[2] Dr. em Linguística, Letras e Artes. Professor do Curso de Letras e Coordenador do Programa de Pós-graduação da UEFS. E-mail: adeitalo@uol.com.br.