ESSA LÍNGUA TAMBÉM É MINHA: EXPERIÊNCIAS COM LÍNGUA DE HERANÇA E LÍNGUA DE ACOLHIMENTO | Autores: Mirelle Amaral de São Bernardo (IFGOIANO - INSTITUTO FEDERAL GOIANO CAMPUS CERES) |
Resumo: O ensino de língua portuguesa como língua não materna vem se ampliando gradativamente ao longo dos anos. O surgimento de diversificados contextos de ensino e aprendizagem dessa língua, fundamentados por necessidades específicas de diferentes sujeitos, tem sido um desafio teórico e metodológico de particularização da concepção de língua, que se adapta a essas especificidades. Dessa maneira, os conceitos de língua de herança (LH) e língua de acolhimento (LAc) são exemplos desse desdobramento necessário da definição de língua e, consequentemente, da transformação e adaptação das abordagens, metodologias e materiais utilizados para atender diferentes cenários, sujeitos e objetivos. Ambos construtos, LAc e LH, se referem à prática de ensinar língua a imigrantes. Essas pessoas, vivendo as consequências do processo de imigração, enfrentam algumas vezes, além de dificuldades com a língua, a cultura e os costumes locais, problemas financeiros, emocionais, de saúde e o preconceito. Não saber o idioma é a maior barreira para integração e inserção na sociedade de acolhimento, porém dedicar-se totalmente à nova língua e desconectar-se da língua materna é, da mesma forma, uma perda imensurável. Esse trabalho pretende fazer uma comparação entre os conceitos de LAc e LH e a implicância deles no processo de ensinar e aprender português como língua não materna. Para esse fim, pretendo apresentar duas experiências de pesquisa, uma de doutoramento e outra de pós-doutoramento e, por meio da comparação entre elas, verificar o que se aproxima e o que se distancia nas dimensões do processo de ensinar e aprender português no contexto de LAc e de LH.
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