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| COMO É QUE A GENTE FAZ?: a variação dos pronomes nós/a gente, em função de sujeito, no falar maranhense | Autores: Layane Kessia Pereira Sousa (UFMA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO) |
Resumo: Pesquisas, que tomam como base a variante a gente como pronome pessoal de primeira pessoa do plural, têm sido realizadas em diversas comunidades de fala, com a intenção de constatar a variedade linguística falada no Brasil. Nesse sentido, este trabalho, recorte de uma pesquisa de iniciação científica em andamento, tem como objetivo examinar a variação no uso dos pronomes nós e a gente na função de sujeito, com o intuito de verificar a situação de concorrência e de coocorrência entre esses pronomes. Para tanto, buscamos, por meio da análise das variáveis linguísticas e sociais, identificar quais as que mais condicionam o uso das duas formas pronominais na fala de maranhenses. Assim, tomamos como base a Sociolinguística (CEZARIO & VOTRE 2008; LABOV 2008; TARALLO 2006), a Dialetologia (CARDOSO 2010) e os estudos acerca do uso dos pronomes nós e a gente, (MONTEIRO 1994; OMENA 2003; MATTOS 2013). As localidades foram selecionadas de acordo com duas das mesorregiões do Maranhão, a saber: São Luís, capital do Estado, e Pinheiro pertencente à mesorregião Norte, e Alto Parnaíba e Carolina, mesorregião Sul, localidades integrantes dos estudos realizados pelos projetos de pesquisa “Análise e mapeamento de fenômenos morfossintáticos no português falado no Maranhão” e pelo Atlas Linguístico do Maranhão (ALiMA). Os dados foram analisados com base em 20 entrevistas realizadas com falantes nativos das localidades, distribuídos entre os fatores sexo e idade, considerando nível de escolaridade apenas no município de São Luís. Os resultados preliminares indicam, no falar maranhense, uma visível tendência ao uso do a gente na posição de sujeito.
Agência de fomento: UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO |