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| O PORTUGUÊS COMO LÍNGUA DE ACOLHIMENTO (PLAc) E O PROCESSO DE REUMANIZAÇÃO DE IMIGRANTES DESLOCADOS FORÇADOS | Autores: Flávia Campos Silva (CEFET/MG - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais) ; Eric Júnior Costa (CEFET/MG - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais) |
Resumo: A migração tende a ser vista apenas como uma situação disfuncional, uma questão a ser solucionada. Contudo, ainda que saibamos que os fluxos migratórios provocam diversos problemas socioeconômicos e que seus impactos têm (re)configurado territórios nacionais e internacionais, o fato é que o exercício de migrar está para além da configuração ‘problema’. O ato de deslocar-se socioespacialmente refere-se a uma condição fundadora da nossa espécie (ELHAJJI, 2011), parte intrínseca do desenvolvimento humano, de mudança social ao longo dos tempos (CASTLES, 2010). Para o presente trabalho, a proposta é desmitificar o teor negativo do ato de migrar e refletir sobre o papel da lingua(gem) no processo de reumanização de imigrantes deslocados forçados (LOPEZ, 2016). Por meio da aquisição do Português Brasileiro (PB) como Língua de Acolhimento – LAc (GROSSO, 2010), (AMADO, 2011, 2013), (COSTA & SÁ, 2018), pretendemos refletir sobre os direitos desses sujeitos e, considerando as faltas, falhas e ausências do Estado frente à responsabilidade de assegurar direitos fundamentais – com ênfase nas ações linguísticas – analisar o papel do ensino do Português Brasileiro (PB) no processo de re-integração desses sujeitos na sociedade em agora fazem parte. Trabalhando com o projeto de extensão “Português Língua de Acolhimento” do CEFET/MG – uma das poucas instituições que oferecem o curso no estado de Minas Gerais, pudemos concluir que sem um bom nível de proficiência em PB, os imigrantes deslocados forçados têm suas garantias e direitos inviabilizados, uma vez que é na e pela língua que estabelecem reações e relações (ARAÚJO, 2004) e podem ser realizadas ações cotidianas.
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