O papel da biografia para a construção da identidade feminina na literatura infantil: um olhar sobre a coleção Antiprincesas (2018) e as Grandes Mulheres que mudaram o mundo (2018) de Kate Pankhurst | Autores: Adriana Lins Precioso (UNEMAT - Universidade do Estado de Mato Grosso - Campus de Sinop) ; Helenice Joviano Roque Faria (UNEMAT - Universidade do Estado de Mato Grosso - Campus de Sinop) |
Resumo: A literatura infantil da contemporaneidade tem trazido inúmeras contribuições para a discussão de gênero que se impõe na nossa sociedade; as obras Clarice Lispector para meninas e meninos (2016) e Frida Kahlo para meninas e meninos (2016) da coleção Antiprincesas, ao lado da obra Grandes Mulheres que mudaram o mundo (2018) de Kate Pankhurst, retomam a questão da identidade proposta por Hall (2009), somado ao movimento dito pós-moderno que assume o papel parodístico e questionador das instâncias identitárias estabelecidas pela sociedade, nesse caso, o papel de “princesas – puras, castas e submissas”. Ao longo da história, o papel ativo da mulher tem avançado lentamente na conquista de seus direitos, respeito e igualdade. Uma nova onda de conservadorismo e retrocesso tem tentado refrear ou aniquilar os poucos direitos já conquistados ao longo de inúmeras lutas reconhecidas historicamente no Brasil e no mundo. A apresentação de biografias de mulheres de destaque nas artes, na ciência e na sociedade somada aos elementos imagéticos que compõem o aspecto lúdico das obras reafirmam a importância da utilização do gênero literário biografia para a composição de possíveis identidades ou valorização do feminino atuante nessas diferentes áreas. Soares (2008), Gregogin Filho (2012), Hutcheon (1985) entre outros, servirão de base para a nossa análise e reflexão.
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