A Sociolinguística que é considerada uma área da Linguística, fixou-se como ciência em 1964, em um congresso organizado por Willian Bright na Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA). O objeto de estudo é a língua falada, observada, descrita e analisada em situações reais de uso, considerando o contexto social (ALKMIM, 2001). Toda língua é constituída por variedades, tornando-se possível, dessa forma, analisá-la como sendo heterogênea. Alkmin (2001, p 31) diz que “língua e variação são inseparáveis”, e que a Sociolinguística não considera a variedade linguística como um problema, mas, sim, como uma qualidade distintiva do fenômeno linguístico. Apesar do material didático ter sido modernizado, bem como as leis que regem o sistema educacional, e nestes estarem previstos o ensino dos fenômenos que ocorrem na língua, ainda se enfrenta a problemática da insuficiência quanto a prática em se tratar a variação linguística em âmbito escolar. Por vezes, estudiosos como Alkimin (2005), Marcos Bagno (2008) e Bortoni-Ricardo (2005), já constataram que a variação linguística está presente nos níveis da língua baseados em fatores, a saber: geográficos, status socioeconômicos, grau de escolaridade, idade, dentre outros. Deste modo, pretende-se no Simpósio apresentar conceitos que abarcam a visão sobre variação linguística com base nos autores citados, bem como discutir o ensino da variação linguística de forma interdisciplinar e pontuar sobre possíveis estratégias de ensino que podem ser aplicadas em sala de aula. A proposta da pesquisa é constituída com base na análise da realidade do ensino da variação linguística atual na Escola Estadual de Tempo Integral Vila União de Palmas/TO, tendo como lócus o ensino médio.