CORPOS TRANS NO ESPAÇO ESCOLAR: A CONFISSÃO E O EXERCÍCIO DE PRÁTICAS DE LIBERDADE | Autores: Bruno Franceschini (UFG - REGIONAL CATALÃO - Universidade Federal de Goiás - Regional Catalão) |
Resumo:
Este comunicação se propõe a discutir como, no funcionamento de um dispositivo de confissão, pessoas transexuais entrevistadas na série “Liberdade de Gênero”, do canal GNT, exercem, com seus corpos, práticas de liberdade, e também de resistência, na instituição escolar. Desse modo, investiga-se como, no seio das relações de poder que constituem os sujeitos e as instituições, há a possibilidade de exercício de práticas de liberdade desses sujeitos trans nessa instituição pensando, com Foucault, como esse exercício de si produz a subjetividade do corpo trans no espaço escolar e também afeta a subjetividade dos demais sujeitos da educação neste espaço. Para tanto, esta pesquisa ancora-se no pensamento foucaultiano de modo a descrever e a interpretar o funcionamento discursivo dos dispositivos atrelados a essa questão, tais como: de sexualidade, de confissão, escolar e jurídico na materialidade audiovisual em estudo. Utiliza-se como referencial teórico-metodológico a arquegenealogia foucaultiana, bem como o postulado conceitual do conceito de dispositivo proposto por Foucault (2008) e Deleuze (1996), bem como, no que tange a educação, os pressupostos da Linguística Aplicada Transgressiva (PENNYCOOK, 2006). Dito isso, de modo a pensar no presente, nas novas formas de subjetividade que adentram o espaço escolar é que essa pesquisa, problematizando o sujeito da educação, se propõe a analisar discursivamente os corpos trans e os modos pelos quais esse corpo está em um regime de visibilidade para o pleno exercício, por meio da resistência, de práticas de liberdade.
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