O intuito desse trabalho é o de apresentar algumas considerações acerca dos casos de flutuação entre o futuro e o presente do subjuntivo com o uso de certos conectivos temporais, a fim de demonstrar que o futuro do subjuntivo pode ser o tempo preferido pelos falantes ao se comprometerem com algo. De fato, na pesquisa realizada foi comprovada a hipótese de que o uso do futuro do subjuntivo pode estar associado ao comprometimento do falante com alguma ação futura realizada por ele. Essa hipótese surgiu em contrapartida ao fato de que o presente do subjuntivo já estava sendo usado, no lugar do futuro do subjuntivo, para indicar a não pontualidade do brasileiro (ALBUQUERQUE 2007; ALBUQUERQUE E FARIAS 2017). Para cumprir o objetivo colocado no início, serão abordadas as flutuações ocorridas com os conectivos quando, assim que, logo que e depois que nas construções temporais com os verbos “acabar”, “terminar”, “finalizar”, “concluir” e “encerrar” em contextos de ato de fala de promessa. Por fim, acrescenta-se que os dados obtidos e analisados, os quais serão expostos, foram retirados do site de busca Linguateca. Assim, foram analisados todos os corpora disponíveis no site, e a busca foi feita pelos conectivos em questão em associação aos verbos terminativos no futuro do subjuntivo e no presente do subjuntivo, de modo que se pôde verificar, quantitativamente, qual o uso mais predominante e se esse uso corroborou ou refutou nossas hipóteses. Qualitativamente, a análise dos dados procurou investigar os contextos de uso das ocorrências para compreender a preferência por determinado tempo do subjuntivo em detrimento do outro.