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| Mulheres negras intérpretes: existiram na história da tradução do Brasil? | Autores: Dennys Silva-reis (UNB - Universidade de Brasília) |
Resumo: Toda a narrativa historiográfica brasileira é protagonizada por homens (brancos e negros). Com o advento da História da Mulheres, o protagonismo cada vez mais vem sendo divido com agentes femininos. Entrentato, o protagonismo feminino na história do Brasil tem sido marcado por um tipo específico: a mulher não-indígena branca. Na História da tradução no Brasil o mesmo tem acontecido. Logo, a partir desta constatação, o presente trabalho procura dar indícios de mulheres negras protagonistas da história nacional que possivelmente também foram intérpretes: no século XVII, Aqualtune e Dandara; no século XVIII, Felipa Maria Aranha, Maria Luiza Piriá, Maria Juvita e Teresa de Quariterê (conhecida também pelo nome Teresa de Benguela); e no século XIX, Zeferina, Maria Filipa de Oliveira, Zacimba Gaba e Mariana Crioula. A partir de uma revisão bibliográfica e de pesquisa documental, almeja-se sustentar a tese de que tais mulheres negras, além de serem reconhecidas como protagonistas da história nacional também devem ser vistas como agentes de tradução e igualmente ser rememoradas como protagonistas na História da interpretação no Brasil. Haja vista que o estudo da história da interpretação, parte importante da história da tradução, ainda é tímido no Brasil, pretende-se com este trabalho contribuir com parte desta história ainda não contada, de uma perspectiva sócio-racial e com uma abordagem de gênero.
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