Este trabalho é parte constitutiva de uma pesquisa de Doutorado junto ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Linguística pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). Apresentamos como aporte teórico a Sociolinguística que parte da concepção de que a Variação Linguística está intrinsicamente relacionada com a estrutura da língua e aos aspectos sociais e linguísticos, levando em conta seu uso variável dentro da comunidade/sociedade. Através deste, pautamo-nos em um método teórico e metodológico de leituras, análises, levantamento de dados em 13 coleções de livros didáticos de Língua Portuguesa do Ensino Médio selecionados nas escolas de Cáceres/MT na perspectiva de relatar suas virtudes ou não em relação ao ensino da língua, variação e preconceito linguístico, quer dizer, observando como o ensino de língua e a variação é apresentada nos materiais didáticos, se instiga o preconceito linguístico nas escolas e na comunidade, pois acreditamos como diz Bortoni-Ricardo (2005), “que a variação faz parte da natureza da linguagem e, é resultado da diversidade de grupos sociais e da relação que esses grupos mantêm com as normas linguísticas”, isto é, existe a heterogeneidade que suscita diferenças, ainda mais incorporado no diversificado País como o Brasil, assim torna-se um fato natural e inevitável, desconsiderado na maioria das vezes pelas escolas, professores e pelo próprio livro didático. Como resultado, verificaremos se o livro didático revela ao aluno a necessidade do reconhecimento sobre a heterogeneidade que possui a língua, considerando que um mesmo indivíduo pode se apropriar de diferentes contextos comunicativos dependendo da sua necessidade, de quem é seu interlocutor e de suas intenções ou se o livro didático apresenta apenas um ensino gramatical pautado em normas, apenas considerando as variações como incorreta e imprópria.