A partir de contribuições oriundas de consulta pública e de seminários educacionais, no ano de 2018, o Currículo Paulista, pautado na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), vem sendo construído de forma colaborativa, envolvendo, assim, redes públicas e estabelecimentos privados de ensino na elaboração de um documento que contemple as aprendizagens essenciais dos estudantes da educação infantil e do ensino fundamental. Acreditamos que a implantação de tais diretrizes, além de um currículo comum, precisará também de outras políticas, que deverão ser desenvolvidas inclusive para a qualificação da formação inicial e continuada dos professores, e também, adequações das matrizes de avaliação e materiais didáticos. Assim, o artigo aqui apresentado, tem como intenção refletir sobre as concepções teóricas que fundamentam o currículo paulista, no tocante ao ensino e a aprendizagem da Língua Portuguesa para os anos iniciais do ensino fundamental. Para tanto, pautados em uma metodologia qualitativa, adotamos uma pesquisa bibliográfica exploratória com base em documentos, livros e artigos científicos que abordam sobre o assunto. Nos materiais analisados, percebemos que, organizado dentro da área de linguagens, o componente língua portuguesa baseia-se na concepção de interação da linguagem, fomenta a realização de práticas sociais de leitura, escrita e oralidade, delineia a utilização das diversas linguagens (artísticas, corporais e/ou linguísticas), pauta-se nos sensos crítico, estético e, sobretudo, ético e assevera que tais linguagens, enquanto meio dialógico, têm sua importância e relevância social nas diversas situações comunicativas (verbal,corporal, visual, sonora e digital).