A proposta do presente estudo foi comparar o desenvolvimento de respostas a perguntas fechadas e em perguntas abertas na fala de crianças do nivel II de uma Escola Municipal de Educação Infantil. Entende-se, por perguntas fechadas, aquelas para as quais se esperam respostas de confirmação ou negação (URBANO ET AL, 1996) e perguntas abertas aquelas para as quais que se iniciam por algum termo interrogativo. Por desenvolvimento, entende-se informações ou contribuições além do solicitado pela pergunta. O material foi extraído de  gravações de 10 entrevistas pedagógicas entre duas estudantes de Fonoaudiologia e quatro crianças. O estudo foi norteado pelos seguintes objetivos: (I) verificar a distribuição de respostas desenvolvidas e não desenvolvidas  para as perguntas fechadas; (II) verificar a distribuição de respostas desenvolvidas e não desenvolvidas  para as perguntas abertas e (III) comparar os resultados achados. Quanto ao primeiro objetivo, com total de 593 perguntas do tipo fechada feito pelas documentadoras para o grupo de criança, 19,56% (116) de suas respostas foram do tipo desenvolvida enquanto 80,43% (477) de suas respostas foram do tipo não-desenvolvida. Por outro lado o segundo objetivo de um total de 430 perguntas abertas feito pelas documentadoras para o grupo de crianças, 64,42% (277) de suas respostas foram do tipo desenvolvida enquanto 35,58% (153) de suas respostas foram do tipo não desenvolvida. Essa tendência, é esperada, já que, por sua própria natureza, sobretudo em situações de entrevistas, as perguntas fechadas são sintática e semanticamente cheias (URBANO ET AL, 1996), o que pode levar a respostas que apenas confirmem, ou não, o aspecto semântico dado de antemão nessas perguntas sob forma de enunciados sintaticamente bastante elípticos já as perguntas abertas são semanticamente vazias, o que propõe maior ampliação da resposta.