A proposta deste trabalho é investigar aspectos relacionados ao uso concreto da língua, levando em consideração seu aspecto dinâmico e heterogêneo. Para Mollica e Braga (2012), a Sociolinguística estuda a língua em uso no seio das comunidades de fala, voltando sua atenção para um tipo de investigação linguística que correlaciona aspectos linguísticos e sociais. Nesse sentido, abordaremos o fenômeno da variação linguística ao discorrer sobre características do falar palmense, acreditando que as línguas são altamente sensíveis a diferenças comportamentais dos indivíduos que as falam, apresentando formas variáveis de natureza individual, social, regional, temporal, entre outras. O objetivo deste trabalho é descrever o comportamento das vogais médias pretônicas na fala dos habitantes de Palmas-TO, além de identificar os elementos linguísticos e extralinguísticos que favorecem ou desfavorecem seus diferentes usos. Para reforçar a composição teórica deste trabalho, foram pesquisados estudos fonético-fonológicos, em relação ao tema, das diferentes regiões brasileiras, a fim de percebermos possíveis influências, já que a capital do Tocantins se encontra em localização geográfica central e, durante seu processo de formação, recebeu influências diversas. Para sua realização, pautamo-nos nos pressupostos linguísticos e sociolinguísticos sustentados pela teoria variacionista de Labov. Os dados da pesquisa foram quantificados através de análise estatística apresentada pelo programa Goldvarb X. Foram selecionados 24 informantes, estratificados de acordo com idade, escolaridade e gênero.