Ensino de português para falantes de outras línguas e ferramentas on-line de ensino-aprendizagem: o caso de um dicionário pedagógico de pronúncia do português brasileiro para falantes do inglês | Autores: Paulo Roberto de Souza Ramos (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) |
Resumo: A presente comunicação visa compartilhar alguns dos resultados de uma pesquisa de doutoramento que busca propor um desenho de dicionário pedagógico on-line de pronúncia do português brasileiro para falantes do inglês. Da constatação prévia da inexistência de tal ferramenta dicionarística para o português, passando pela análise e crítica de dicionários no que tange o amparo à pronúncia neles ofertado, até a proposta pontual acerca da forma e do conteúdo que terá o dicionário em questão, a proposta é problematizar a questão do papel de obras tradicionalmente tidas como de referência no processo de ensino e aprendizagem de português a falantes de outras línguas, em geral, e de inglês, em particular. Por estar inserida na chamada fonolexicografia (SOBKOWIAK, 2007), a pesquisa, naturalmente, tem dois grandes pilares teóricos: um que compõe o universo fônico, representado por autores como Roach (2009), Flege (1995), Bisol (2001), Cristófaro Silva (2001), entre outros, e outro (meta)lexicográfico, representado pelo já citado Sobkowiak (1999, 2007, 2009), Atkins e Rudell (2008), Humblé (2001), entre outros. As constatações e críticas às lacunas servem de base para a proposição de um desenho de dicionário on-line que possa ser utilizado pelo consulente-aprendiz tanto em sala de aula quanto fora dela, de maneira autônoma, nos moldes comumente empregados para aprendizagem de português como língua crítica nos parâmetros encontrados nos EUA. Melhores ferramentas lexicográfico-pedagógicas especialmente desenvolvidas para um tipo específico de consulente podem ter impacto bastante positivo no processo de ensino-aprendizagem de português como L2.
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