Crise e metamorfose em Murilo Rubião | Autores: Luci Carla Soares Silva (UEFS - universidade estadual de feira de santana) |
Resumo: No Brasil, a literatura fantástica, também considerada realismo mágico, se solidifica no cenário nacional a partir da publicação dos contos de Murilo Rubião. Preocupado com a literatura brasileira, o escritor se debruça sobre suas narrativas para apresentar os conflitos surgidos no fim do século XIX e que percorre por todo o século XX, até os dias atuais. Sendo assim, a postura do homem diante as transformações soam preocupantemente para a classe literária, que por meio do fazer artístico explorou a temática da crise e da condição existencial. Com o olhar voltado para o ambiente urbano, Murilo Rubião, unindo o insólito e o sobrenatural, lança obras que tratam da condição do homem enredado na zona de pedra e sujeitado a viver isolado, fragmentado e angustiado em busca do bem-estar, através do processo da metamorfose. Essa, por sua vez, surge no momento de crise, quando o desequilíbrio passa a dominar o interior do homem e o seu espaço exterior gerando o fracionamento da identidade do ser. Diante disso, o objetivo deste trabalho é analisar a metamorfose como tentativa de solução para a crise de identidade e a condição humana das personagens. A escolha dos contos O Ex-Mágico da Taberna Minhota, Alfredo e Teleco, O coelhinho, como objeto de análise refletem a importância de compreender a crise de identidade e a angústia do ser pós-moderno. Portanto, além de trabalhar com os contos, que estão presentes no livro Murilo Rubião Obra Completa (2016), utilizaremos as ideias de Tzvetan Todorov (1992), e Irlemar Chiampi (2015), quanto à literatura fantástica. Sobre o modelo do homem pós-moderno, dialogaremos com as ideias de Stuart Hall (2015), Bauman (1998) e tantos outros.
Agência de fomento: FAPESB |
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