O VERBO TER NA VARIANTE GOIANA DO PORTUGUÊS BRASILEIRO EM UMA VISÃO CONSTRUCIONAL | Autores: Jacqueline de Jesus Silva Fernandes (UEG - Universidade Estadual de Goiás) ; Déborah Magalhães Barros (UEG - Universidade Estadual de Goiás) |
Resumo: Esta pesquisa descreve e analisa diferentes usos do verbo ter em função de sua alta polissemia, o que faz com que ele assuma diferentes valores, sugerindo um processo de mudança, especialmente no Português Brasileiro (PB) falado em Goiás. Observa-se nessa variante do PB que o ter vem assumindo prototipicamente o valor de operador modal deôntico. Assim, o objetivo é mostrar a produtividade desse verbo considerando os aspectos sintáticos, semânticos e pragmáticos correlacionados aos diferentes usos por meio de uma rede. Para isso, recorre-se aos pressupostos teóricos que consideram a língua em uso, como o funcionalismo e o cognitivismo, especialmente à proposta de Goldberg (1995) para quem a língua se organiza em construções e essas construções formam uma rede ligada por elos. As teorias de língua em uso, entendem que a forma é altamente orientada pela função que a língua exerce. Dessa forma, as pesquisas vem assinalando que o uso do verbo ter motiva diferentes estruturas sintáticas e semânticas, mas que alguns elos mantêm traços do uso primário, o de posse. Desenvolve-se a metodologia qualitativa com suporte quantitativo para atestar o índice de frequência de uso. Os dados pertencem ao banco de dados do Projeto Fala Goiana, que é um projeto cujo objetivo é analisar e descrever as especificidades do PB por meio da representante falada em Goiás.
Agência de fomento: UEG |
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