DIALOGISMO E ANIMAÇÃO DIGITAL EM SALA DE AULA: UM PLANO DE
TRABALHO DOCENTE PARA O ENUNCIADO CONCRETO A SEMENTE
QUE VEIO DA ÁFRICA | Autores: Lucas Fernandes de Lima Franco (UENP - Universidade Estadual do Norte do Paraná) ; Patricia Cristina de Oliveira Duarte (UENP - Universidade Estadual do Norte do Paraná) |
Resumo: Fundamentando-nos nas proposições de Bakhtin (2003),
reafirmadas por Rojo (2005; 2013), consideramos que, nas práticas
pedagógicas, desenvolvidas, nas aulas de Língua Portuguesa, pautadas pelo
conceito de gênero discursivo, devem ser observados, indissociadamente, em
enunciados concretos de diferentes gêneros discursivos, aspectos relativos ao
contexto de produção, ao conteúdo temático, à construção composicional e às
marcas linguístico-enunciativas veiculadas, dentre outras, pela expressividade
do locutor. (ROJO, 2005). Sob tal enfoque, o presente trabalho visa apresentar
uma proposta metodológica para abordagem do gênero discursivo Conto
Infanto-juvenil, mais especificamente o enunciado concreto A semente que veio
da África, de autoria da brasileira Heloisa Pires Lima, do costa-marfinense
Georges Gneka e do moçabicano Mário Lemos. Corroborando a lei 10.639 de
2003, selecionamos um enunciado concreto que contempla temáticas ligadas à
história e cultura africana e afro-brasileira para a construção de uma proposta
de encaminhamento didático, contemplando o uso de novas tecnologias em
sala de aula. A proposta didática seguirá os passos propostos por Gasparin
(2009), na metodologia denominada Plano de Trabalho Docente, a qual se
respalda na Pedagogia Histórico-Crítica. Considerando Rojo (2013), para quem
não se pode trabalhar apenas as propriedades formais dos gêneros, como tem
acontecido, em diversos contextos educacionais, objetivamos, por meio da
metodologia proposta, a criação de uma animação para o conto em tela,
visando uma maior participação e interação dos alunos com o gênero
discursivo abordado, propiciando a inserção de novas tecnologias em sala.
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