Bruno Athaliba dos Anjos Silva¹ (UFRN)
brunodosanjos@gmail.com
Orientadora: Profa. Dra. Maria da Penha Casado Alves²
O Círculo de Bakhtin compreende toda comunicação discursiva como uma relação dialógica. Nesse viés, o sentido só será construído mediante uma interação (independentemente de ser escrita ou oral), em que os sujeitos respondem aos enunciados que se apresentam a partir de uma compreensão responsiva ativa (a qual se efetiva com por meio de concordância, discordância, complementação ou aplicação). Entretanto, historicamente, há, em escolas brasileiras – sobretudo nas públicas -, um revés nessa relação, na medida em que o procedimento adotado obsta o caráter dialógico e o prazer da leitura, elementos necessários para a formação de um leitor crítico. À vista disso, com o intuito de discutir a formação do leitor em sala de aula do ensino fundamental, apresenta-se, neste trabalho, uma experiência com o romance “A menina que roubava livros” no 7º ano do ensino fundamental de uma escola pública de Natal. Para a sistematização desse trabalho, três pilares foram enfocados: prazer do texto, criticidade e as concepções de linguagem (enquanto construção dialógica). A fundamentação teórica se alicerça nas concepções do Círculo de Bakhtin no que concerne a compreender a linguagem como construção social e historicamente situada e os gêneros discursivos como construtos históricos e instrumentos de interação nas diferentes esferas da atividade humana. A pesquisa se ancora em uma abordagem qualitativo-interpretativista e os dados estão ainda sendo construídos para sistematização no âmbito do Mestrado Profissional em Letras-ProfLetras.
1 Mestrando do ProfLetras UFRN/Natal
2 Profa. Associada do Departamento de Letras, do PPgeL e do ProfLetras