Notamos que, nos últimos anos, há uma profusão de discursos em defesa da população LGBTI+ nos diferentes programas oferecidos pelas mídias. Nesse contexto, a publicidade não se ausenta, ao contrário, tem se mostrado atuante na construção de discursos que abranjam essa população. A nosso ver, a representação da diversidade sexual e de famílias de casais homoafetivos se inscreve em um discurso de captação (o de atrair o leitor/cliente) pela possível relação que a empresa deseja ter com o leitor/cliente, considerando que entre esses leitores/clientes há quem corresponda ao perfil representado e pelo fato de muitas peças serem divulgadas em datas comemorativas (dia dos namorados, dos pais, das mães entre outras datas). Nossa proposta é a de apresentar algumas análises, já investigas em pesquisas recentes, sob os vieses semiolinguístico, da comunicação social e da História, dos discursos apresentados por peças publicitárias de diferentes áreas temáticas (sobretudo da Coca-Cola e do Banco do Brasil). Tais análises se fundamentam em Charaudeau (2008), Faria e Zanchetta Jr.(2007) e Zanchetta Jr.(2004), Candau (2016), Nora (1981) e Pollak (1989). As primeiras conclusões obtidas deste estudo endossam a hipótese que a representação de casais homossexuais na publicidade tem como objetivo ampliar as possibilidades de venda, enfatizando a importância desse segmento social, com poder de compra, no mercado consumidor.