Em nossa pesquisa, buscamos refletir acerca do imaginário (re) produzido em relação aos imigrantes, a partir do discurso sobre o imigrante presente na mídia. Tomamos como corpus de análise a capa e a reportagem da revista americana Time, do mês de Julho, de 2018, a qual circulou nos sites de informação do mundo todo, no Brasil, a veja online, o jornal El País, o portal de notícias da rede Globo, entre outros websites deram um destaque a essa capa. Dada as condições atuais, nas quais a mídia tem um lugar fundamental na vida em sociedade, a ampla circulação dessa discursividade levou-nos a refletir como o gênero midiático (re) produz discurisividades sobre a imigração e como esses discursos produzem lugares para esses sujeitos. Nosso gesto interpretativo se orienta sob a perspectiva situada no campo da Análise de Discurso (AD), de linha francesa. Entendemos o gênero midiático como um (re) produtor de imaginário, um dispositivo de comunicação de massa responsável por produzir e reproduzir formações imaginárias. Conforme Pêcheux (1981), a mídia não relata apenas os acontecimentos da sociedade, mas participa ativamente na formação da opinião pública. As notícias e reportagem são sempre recortes de determinados assuntos, aos quais interessam a mídia e a sociedade, e a forma como a mídia aborda esses assuntos é responsável por essa (re) produção de imaginário, que é parte das relações de poder que regem a sociedade capitalista. Por nosso corpus ser composto por uma linguagem verbal e uma não verbal, discutiremos os efeitos de sentidos dessas linguagens, estudaremos como essas linguagens (verbal e não-verbal) funcionam em conjunto, transformando-se em discurso, produzindo efeitos de sentido.