A charge em sala de aula: uma abordagem dialógica no 6º ano do ensino fundamental

                                                 Roseli da Silva[1]

                                                 Orientadora: Profa. Dra. Maria da Penha Casado Alves[2]

De acordo com Bakhtin há gêneros que são mais propícios a alterações, outros têm certa estabilidade, mas é a trajetória de leitura ou de escrita que dará forma ao estilo individual. Assim, o estudo com gênero charge (aqui escolhida a de autoria de chargistas do Rio Grande do Norte) em sala de aula visa trabalhar justamente com o fato de esse gênero estar presente nas práticas cotidianas das pessoas, seja em canais impressos como revistas e jornais, seja em meios virtuais como em blogs e sites diversos. Ademais, a charge apresenta estratégia textual-discursiva que pode promover a prática de leitura numa perspectiva crítica, pois requer do leitor a análise de um tema dentro de um contexto temporal e situacional. O intuito maior é propiciar a esse aluno um olhar para o texto que vá além do que os “manuais” classificam, enumeram ou usam os gêneros como pretexto para estudos gramaticais. A abordagem em sala do 6º ano do ensino fundamental se justifica uma vez que se pretende a formação de um leitor crítico e situado no mundo da vida.

Palavras-chave. Círculo de Bakhtin. Gênero discursivo. Charge potiguar.

[1] Professora da educação básica. Mestranda do ProfLetras UFRN/Natal.

[2] Professora Associada do Departamento de Letras, do PPgEL e do ProfLetras na UFRN.